sexta-feira, 25 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

O paradigma Padeiro

  • Salvo erro este é o primeiro titulo masculino na AFVC de uma equipa de Coura e só isso é um enorme factor de destaque. Juntamos a isto o titulo do ano passado, que esperemos que seja renovado no próximo sábado, de futsal feminino da ACDC e ficamos perante um dos treinadores com maior sucesso em Paredes de Coura, Luis Nogueira.

  • Continuo a ordenar formação deste modo, primeiro formar e depois ganhar, mas sempre que possível o melhor é complementar as duas, é muito mais fácil formar ganhando, é mais fácil trabalhar ganhando e é claramente mais motivador e mais prestigiante.

  • Sábado ao chegar a Coura em conversa com o Mário Rui dizia-lhe que fosse qual fosse o resultado de sábado o trabalho estaria sempre bem feito, apesar de todos sabermos que o título era a cereja em cima do bolo. Mas mesmo não ganhando o titulo o trabalho nunca poderia ser beliscado. A corrida fez-se perante uma das melhores formações actuais do distrito (os Limianos) e correr ombro a ombro contra um gigante só por si tornaria este grupo enorme.

  • Mas o mais importante agora é pensar o que isto significa e acima de tudo o que poderá significar. Primeiro não podemos pensar que tudo está feito, ou que tudo está bem feito. Não acho que se trata de um caso isolado, mas não podemos nos esquecer o quanto a formação está intermitente e o que isso acarreta para as equipas seniores. Por outro lado temos que pensar o porquê deste titulo, quem são os obreiros e o porquê destes resultados.

    A importância dos pais e dos treinadores.
  • Os pais serão sempre um factor importante na vida activa dos filhos, e na sua formação, perceber o que é a formação, saber as necessidades do clube, entender o papel do treinador e sobretudo ajudar o filho no crescimento desportivo é importante. Para além dos atletas vi pais empenhados, alias muito empenhados, e para além de esperar uma continuação do acompanhamento desportivo dos filhos, mesmo quando os resultados não forem os melhores, espero vê-los a partilhar esta experiência com outros pais, sobretudo fazendo-os ver o quanto a presença deles é importante para os seus filhos.

  • Os treinadores terão de ser sobretudo inteligentes, perceber quem estão a treinar, quais as limitações e quais as qualidades dos atletas, como gerir um grupo, como fazer as convocatórias, fazer perceber aos pais, directores e publico que as suas ideias são as melhores para aquilo que o clube pretende, o que a formação é, e o que grupo pode dar.
    O treinador tem de se adaptar as várias realidades, p.e. treinar os Benjamins é muito diferente de treinar os Juvenis ou os Juniores, tem de perceber o atleta, o mundo que o rodeia, e o que pode interferir num melhor ou pior rendimento. A questão de ser um bom ou um mau treinador, vai muitas vezes em pormenores que nos pode escapar. Muitas vezes realidades iguais são interpretadas de maneiras diferentes pelos diversos atletas. Mas para ser bom, é preciso acima de tudo ter uma enorme paixão, e essa paixão faz com que os pormenores sejam melhor trabalhados, que os treinos sejam planeados com objectivos específicos para tornar o atleta e a equipa mais capaz, que os jogos sejam preparados ao detalhe, que se corrigiam os erros e que se elogie as virtudes. A paixão juntamente com a qualidade e a inteligência faz de nós muito melhores.

  • Não posso deixar de elogiar ainda o Luís na escolha dos seus "braços", a importância que pode ter um treinador numa área especifica como a de guarda-redes é enorme. Ricardo ao transmitir conhecimentos de alguém que já esteve de baixo da barra, cria certamente desafios para quem ele treina, para além disso o treino especifico de guarda-redes torna estes muito melhores. O Luis Carlos é cada mais um apaixonado pelo futebol, passar para um campo de treino faz-nos ver uma realidade diferente, e sobretudo faz-nos criar desafios, desafios esses que provocam sensações que transmitidas na dose correcta poderão ser muito úteis ao grupo. Não tenho qualquer duvida que tanto o Luis Carlos como o Ricardo contribuíram em boa parte para este sucesso, e por outro lado absorveram muito do que um campo de treino nos dá.

  • Sublinho como nota final, que este titulo é muito importante para formação de Paredes de Coura, mas não se deve embandeirar algo isolado. É um bom momento para se perceber o que se pretende, onde queremos chegar, e como vamos chegar. E é importante perceber também que em Coura não teremos a obrigação de conquistar títulos todos os anos, mas temos a obrigação de formar bem e com qualidade.

terça-feira, 22 de março de 2011

"linkando"

Vou colocar dois excertos de dois posts que li em blogs que por vezes dou uma espreitadela... não concordo a 100% com ambas as ideias, mas para além de as perceber, aproximo-me delas.

"Tendo em conta as variadas formas de manifestação da criatividade, torna-se simples perceber que o jogador criativo não é o que faz grandes dribles, grandes passes, grandes desarmes, é sim aquele que através da melhor decisão momentânea, para ele e para o seu colectivo, através de qualquer acção técnico – táctica, consegue o "espaço físico" que a equipa precisa, naquele momento, para o cumprimento de um determinado objectivo colectivo… isto sim é Criatividade."

O Centro de Jogo faz uma referencia à criatividade talvez um pouco diferente do que estamos acostumados a ler. Um momento criativo pode simplesmente ser um desarme, uma defesa, ou um tabelinha, não necessariamente uma finta ou um passe de letra, ser criativo num jogo colectivo é certamente tomar a decisão certa em determinado momento do jogo.

2. Outra coisa excessiva a respeito do modelo de Jesus é o entusiasmo que causa. O problema desta relação entre qualidade do modelo e entusiasmo que provoca é que é falaciosa. O melhor modelo não é o que galvaniza mais as bancadas, o que cria mais oportunidades de golo, o que motiva mais os jogadores. Não há relação de causalidade entre qualidade e efeitos exteriores na audiência, resultados práticos ou capacidade de motivação. O melhor modelo, e esta é a minha definição, é aquele que faz depender o colectivo o menos possível das individualidades. Nesse aspecto, o modelo de Jorge Jesus tem-se revelado cada vez mais banal. Depende excessivamente - e isto é algo que ando a dizer desde o início da época passada, embora se revele cada vez mais - da vertigem que as individualidades são capazes de colocar no jogo; depende das correrias dos laterais, da velocidade a que cada jogador reage à perda de bola, da espontaneidade de cada elemento, etc. Se é verdade que, jogando deste modo, impede os adversários de se organizar do melhor modo, impede também a própria equipa de jogar de modo organizado. O modelo de Jesus prepara a equipa para ser forte em momentos de desorganização, mas limita-a não a preparando para ser competente quando é preciso inventar essa desorganização.

O Nuno leva as coisas demasiado ao extremo, claro que o modelo de Jesus não é banal, sou da opinião que o melhor modelo é aquele que faz depender o colectivo o menos possível das individualidades, mas parece-me claro que Jesus também sabe disso. Agora há duas coisas que me apetece sublinhar: 
- "o melhor modelo não é o que galvaniza mais as bancadas, o que cria mais oportunidades de golo" claro que não, porque este poderá não ser um modelo ganhador, aliás poderá ter demasiados pontos contra.
- "Se é verdade que, jogando deste modo, impede os adversários de se organizar do melhor modo, impede também a própria equipa de jogar de modo organizado."
O problema do Benfica de Jesus está muitas vezes neste ponto, a demasiada histeria que a equipa vive tira-lhe por vezes a clarividência e torna a equipa desorganizada. O Benfica deste ano cria por vezes n oportunidades de golo, mas por outro lado expõem-se demasiado e isso provoca demasiadas situações embaraçosas para uma equipa de topo.

Para os demais interessados


Mais informações aqui e aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2011

E eu que não estava a perceber...

Ontem era esta capa por todo o lado e eu não percebia o porquê de tanto relevo. Para mim o Saviola ser apanhado com os copos não era nada de mais, afinal quem já não bebeu uns copitos a mais.
Só hoje ao ler o JN é que consegui definitivamente perceber. Não é que a Nereida tem ciumes de Irina... eu diria: pudera!

sexta-feira, 4 de março de 2011