segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Os meus votos para 2013

Termina hoje mais um ano, e para mim pessoalmente foi mais um ano de muito trabalho, mas recompensado com bastante sucesso. A Arealmedia continua a crescer, e contrariando a tendência do país o quadro de pessoal aumentou. O Adigitalbook está neste momento em todos os continentes, chegamos a Angola, Austrália, Vietname, e muitos outros países, esperamos agora no início do ano conquistar mais bandeiras, e continuar com todas as ideias que estão planeadas. Só posso olhar para 2012 como um ano profissionalmente fantástico, sei que sou melhor programador hoje do que há um ano e sei que serei ainda muito melhor daqui a um ano. É claro que ao trabalhar para uma empresa com um mercado tão abrangente as dificuldades sentidas no país notam-se provavelmente menos, mas tenho uma clara noção, pela realidade que vivo que o mercado Europeu, não é também o melhor neste momento. Contudo isso não implica que deixe de trabalhar em Portugal e sentir na pele todos os sacrifícios que nos pendem, mesmo sem ganhar menos, cada vez o estado tira-me mais e por consequência o dinheiro é menos.

Este ano que está a porta será ainda de maior sacrifícios, de mais cortes e de menos dinheiro nos bolsos dos Portugueses, com menos dinheiro haverá dificuldades maiores, e haverá certamente famílias que terão dificuldades que nunca tiveram ou já não se lembravam de ter. É cada vez mais a altura de sermos sérios e não querermos viver acima das nossas possibilidades, é importante cada Português perceber a realidade que se encontra e encara-la com a seriedade que este problema merece, mas tendo a consciência que todos os problemas são resolvíeis.

Mas esta seriedade que eu peço a todos os Portugueses é ainda maior quando aplicada ao políticos que tem responsabilidades enormes sobre todo o dinheiro que cada trabalhador dispensa para o estado, um estado que a cada dia que passa parece mais à deriva e mais na direcção que a troika o leva.

A cada ano que passa, a classe política está mais descredibilizada, e a maioria dos Portugueses já perdeu toda a confiança em qualquer político e até mesmo nos dois maiores partidos que levaram este país ao estado que se encontra, que levaram este país a uma divida enorme e à venda de todo o património que tinha.

2013 poderá ser portanto um ano importante também para a política, com eleições autárquicas em que muitos daqueles que nos governaram nos últimos anos são obrigados a dar o lugar a outros, poderá ser uma boa altura para mudarmos e para arejar as políticas que os últimos políticos praticavam. Acima de partidos precisamos de pessoas sérias, honestas e trabalhadoras, precisamos que quem nos lidera tenham a clara noção que o dinheiro e o património é de todos, e que a obra é para todos sem excepção.

Precisamos de políticos que tenham coragem e que não virem as costas aos problemas, pensando que isso possa causar votos ou danos pessoais, os políticos são eleitos para governar um povo, e portanto tem de defender esse povo com todas as armas politicas. Não é deitar para canto que se resolvem os problemas, nem podemos estar à espera que os outros resolvam os nossos problemas.

Com o envelhecimento da população é urgente pensar em estratégias para manter, e trazer pessoas para os concelhos com a população mais velha. É preciso gerar emprego, é preciso ter acessos, e é preciso ter algo que cative a população local a ficar e outros a irem para esses concelhos. Sem consumidores todo o comércio local está condenado ao encerramento. Tenho para mim que Coura dentro de 10 anos se não se fizer nada passará a ter, pelo menos, menos 1000 habitantes e que os lares, e centros de dias serão os serviços de maior empregabilidade no concelho. É preciso pensar esta questão com sensibilidade e urgência, é o nosso concelho que está em causa e a sua sustentabilidade.

O ano que se adivinha, continuará a ser um ano que muitos dos Portugueses são obrigados a emigrar, muitos deles com uma vida completamente estável nas suas terras, e porque acredito que para estes seja algo que custará demasiado, espero que para todos eles 2013 traga sobretudo trabalho e o dinheiro que não conseguem cá, e que o sacrifício valha a pena.

Para mim só espero que 2013 seja tão bom como 2012 e que consiga finalmente dar o passo que quero dar para subir um enorme patamar a nível profissional, e que a nível pessoal consiga ter tudo de bom que tenho até agora. Mas o meu maior desejo para 2013 é apenas um, talvez o mais difícil mas é nele que eu mais acredito.

Para todos desejo que 2013 seja melhor do que aquilo que cada um deseja.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.

"Vão-se foder"

Descobri este texto de uma portuguesa de 32 anos, uma cidadã que diz o que sente e pensa a partir da sexta-feira passada. É um texto impressionante, que vivamente recomendo. Leiam, por favor, até ao fim.

"Vão-se foder.
Na adolescência usamos vernáculo porque é “fixe”. Depois deixamo-nos disso. Aos 32 sinto-me novamente no direito de usar vernáculo, quando realmente me apetece e neste momento apetece-me dizer: Vão-se foder!
Trabalho há 11 anos. Sempre por conta de outrém. Comecei numa micro empresa portuguesa e mudei-me para um gigante multinacional.
Acreditei, desde sempre, que fruto do meu trabalho, esforço, dedicação e também, quando necessário, resistência à frustração alcançaria os meus objectivos. E, pasme-se, foi verdade. Aos 32 anos trabalho na minha área de formação, feliz com o que faço e com um ordenado superior à média do que será o das pessoas da minha idade.
Por isso explico já, o que vou escrever tem pouco (mas tem alguma coisa) a ver comigo. Vivo bem, não sou rica. Os meus subsídios de férias e Natal servem exactamente para isso: para ir de férias e para comprar prendas de Natal. Janto fora, passo fins-de-semana com amigos, dou-me a pequenos luxos aqui e ali. Mas faço as minhas contas, controlo o meu orçamento, não faço tudo o que quero e sempre fui educada a poupar.
Vivo, com a satisfação de poder aproveitar o lado bom da vida fruto do meu trabalho e de um ordenado que batalhei para ter.
Sou uma pessoa de muitas convicções, às vezes até caio nalgumas antagónicas que nem eu sei resolver muito bem. Convivo com simpatia por IDEIAS que vão da esquerda à direita. Posso “bater palmas” ao do CDS, como posso estar no dia seguinte a fazer uma vénia a comunistas num tema diferente, mas como sou pouco dado a extremismos sempre fui votando ao centro. Mas de IDEIAS senhores, estamos todos fartos. O que nós queríamos mesmo era ACÇÕES, e sobre as acções que tenho visto só tenho uma coisa a dizer: vão-se foder. Todos. De uma ponta à outra.
Desde que este pequeno, mas maravilhoso país se descobriu de corda na garganta com dívidas para a vida nunca me insurgi. Ouvi, informei-me aqui e ali. Percebi. Nunca fui a uma manifestação. Levaram-me metade do subsídio de Natal e eu não me queixei. Perante amigos e família mais indignados fiz o papel de corno conformado: “tem que ser”, “todos temos que ajudar”, “vamos levar este país para a frente”. Cheguei a considerar que certas greves eram uma verdadeira afronta a um país que precisava era de suor e esforço. Sim, eu era assim antes de 6ª feira. Agora, hoje, só tenho uma coisa para vos dizer: Vão-se foder.
Matam-nos a esperança.
Onde é que estão os cortes na despesa? Porque é que o 1º Ministro nunca perdeu 30 minutos da sua vida, antes de um jogo de futebol, para nos vir explicar como é que anda a cortar nas gorduras do estado? O que é que vai fazer sobre funcionários de certas empresas que recebem subsídios diários por aparecerem no trabalho (vulgo subsídios de assiduidade)?… É permitido rir neste parte. Em quanto é que andou a cortar nos subsídios para fundações de carácter mais do que duvidoso, especialmente com a crise que atravessa o país? Quando é que páram de mamar grandes empresas à conta de PPP’s que até ao mais distraído do cidadão não passam despercebidas? Quando é que acaba com regalias insultosas para uma cambada de deputados, eleitos pelo povo crédulo, que vão sentar os seus reais rabos (quando lá aparecem) para vomitar demagogias em que já ninguém acredita?
Perdoem-me a chantagem emocional senhores ministros, assessores, secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a andar de opel corsa, porque eu que trabalho há 11 anos e acho que crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia.
E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira.
Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento profundo do país que governam.
Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança social, não é? No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um subsído”. Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a puta de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário dos administradores da CGD?
Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia!
Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes, sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A sério? Vão-se foder.
As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não despedir mais um ou dois.
As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas pôr lá um proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos accionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa da Misericórdia e vão já já a correr criar postos de trabalho só porque o Estado considera a actual taxa de desemprego um flagelo? Que o é.
A sério… Em que país vivem? Vão-se foder.
Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos:
1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até o guardo eu no meu PPR.
2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe.
Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste. Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.
Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor no coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem… Contas feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um infantário.
Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem tem que cá ficar.
Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: Vão-se foder"


in o diario de Domingos Amaral

sábado, 7 de janeiro de 2012

Notas

  • Djalma e Cebola tem tudo para serem políticos. Ganham muito dinheiro e são muito maus profissionais...
  • O Americano e o Polga fazem uma dupla centrais a roçar o fraquinho...
  • Maicon está a tentar tirar o lugar de pior lateral a Emerson!
  • Aposto que Zé Cabra consegue falar melhor que Vítor Pereira!
  • Álvaro Pereira deve ter 0.0001% de eficácia de cruzamentos, mas é certamente o jogador que mais cruza da linha de meio campo!
  • Renato Neto pode vir a não dar nada no futebol, mas a postura que hoje apresentou em campo é de jogador. Tacticamente defensivamente perfeito e o passar a mão na cabeça de Elias como grandes amigos é de alguém que transpira confiança.
  • Helton é topo e continua a ser dos melhores do mundo e o melhor em Portugal.
  • James e Kleber com futebol a sério seriam dez vezes mais jogadores, infelizmente estão no meio do nada.
  • Pedro Proença está neste momento no top 3 de árbitros Europeus, valorizemos o que é nosso, há muita falta de qualidade na arbitragem em Portugal, este é muito bom.
  • Vítor Pereira acabou de dizer que gosta de futebol de posse... ou está a gozar, ou não treina ou então o que diz aos jogadores eles não o percebem. (Acredito nas duas ultimas)


P.S. Saudades de treinar...

P.S.S. Ver o jogo no Xapas, é algo muito diferente!